Março 31, 2023
As emissões globais de dióxido de carbono, relacionadas com a energia, alcançaram um valor recorde de mais de 36,8 mil milhões de toneladas em 2022. Os fatores responsáveis por este aumento estão relacionados com a crise energética e os fenómenos meteorológicos extremos.
Em 2022, as emissões de dióxido de carbono, originadas por fontes de energia, aumentaram 0,9% em relação a 2021. Porém, o valor ficou abaixo do que a Agência Internacional de Energia estimou. A AIE previa que a crise energética levasse ao aumento da utilização de carvão, o que acabou por não acontecer.
Refere ainda que os eventos meteorológicos extremos contribuíram para o aumento da emissão de dióxido de carbono, como as secas e as ondas de calor. que reduziram a água disponível para produzir energia e levaram a um maior consumo de eletricidade.
Relativamente às energias renováveis, foram responsáveis por 90% do crescimento da produção de eletricidade. É de referir que, nos relatórios da AIE consta que 550 milhões de toneladas de dióxido de carbono foram evitadas devido a novas infraestruturas energéticas com baixo teor de carbono, carros elétricos e bombas de calor.
Fatih Birol, diretor da AIE, menciona que as empresas nacionais e internacionais de combustíveis fósseis são as principais responsáveis pela emissão de dióxido de carbono. De acordo com o seu parecer, as mesmas devem assumir a quota-parte da responsabilidade e devem rever as suas estratégias para assegurar que as emissões sejam reduzidas.